DITADO
PARA SONDAGEM NA ALFABETIZAÇÃO
Ano:
1º e 2º ano
Tempo estimado:
Uma aula.
Tematização:
1º e 2º ano
Tempo estimado:
Uma aula.
Tematização:
Você deve realizar a primeira sondagem no início do período letivo e,
depois, ao fim de cada bimestre, mantendo um registro criterioso do processo de
evolução das hipóteses de escrita das crianças. Ao mesmo tempo, é fundamental
uma observação cotidiana e atenta do percurso dos alunos.
Introdução:
Nos primeiros dias de aula, o professor alfabetizador tem uma tarefa imprescindível:
descobrir o que cada aluno sabe sobre o sistema de escrita. É a chamada
sondagem inicial (ou diagnóstico da turma), que permite identificar quais
hipóteses sobre a língua escrita as crianças têm e com isso adequar o
planejamento das aulas de acordo com as necessidades de aprendizagem.
Tematização:
Por que devemos fazer o diagnóstico inicial das hipóteses de escrita
dos alunos? Além de objetivos práticos como a organização de parcerias
produtivas de trabalho e o acompanhamento da evolução dos alunos, a realização
da sondagem pressupõe um respeito intelectual do professor em relação ao
conhecimento do aluno. Significa assumir que os alunos pensam sobre a língua
escrita - formulando hipóteses sobre o seu funcionamento - e que é
primordial para o desenvolvimento de um bom trabalho conhecer detalhadamente o
que eles pensam sobre o sistema alfabético.
Objetivo:
Escrever uma lista de palavras e uma frase, ditadas pelo professor,
colocando em jogo todos os conhecimentos disponíveis
Tematização:
A sondagem não é um momento para ensinar conteúdos e sim para o aluno
mostrar ao professor o que pensa sobre o sistema alfabético de escrita.
Portanto, o único objetivo dessa atividade é fazer com que os alunos escrevam
da maneira como acreditam que as palavras devem ser escritas.
Material necessário:
Papel e lápis.
Desenvolvimento:
Atividade deve ser feita individualmente. Chame um aluno por vez e
explique que ele deve tentar escrever algumas palavras e uma frase que você vai
ditar. Escolha palavras do mesmo campo semântico, como por exemplo: lista das
comidas de uma festa de aniversário, frutas, animais etc.
O ditado deve ser iniciado por uma palavra polissílaba, seguida de uma
trissílaba, de uma dissílaba e, por último, de uma monossílaba. Ao ditar, NÃO
marque a separação das sílabas, pronunciando normalmente as palavras. Após a
lista, é preciso ditar uma frase que envolva pelo menos uma das palavras já
mencionadas, para poder observar se o aluno volta a escrevê-la de forma
semelhante, ou seja, se a escrita da palavra permanece estável mesmo num
contexto diferente.
Tematização:
A escolha das palavras do ditado deve ser muito cuidadosa. Evite
palavras que tenham vogais repetidas em sílabas próximas, como ABACAXI, por
exemplo, por causar um grande conflito para as crianças que estão entrando no
Ensino Fundamental, cuja hipótese de escrita talvez faça com que creiam ser
impossível escrever algo com duas ou mais letras iguais. Por exemplo: um aluno
com hipótese silábica com valor sonoro convencional, que utiliza vogais,
precisaria escrever AAAI. Os monossílabos ficam para o fim do ditado. Esse
cuidado deve ser tomado porque, no caso de as crianças escreverem segundo a
hipótese do número mínimo de letras, poderão se recusar a escrever se tiverem
de começar por ele.
Confira 3 sugestões de grupos de palavras e frases para o ditado:
Sugestão 1
CENTOPÉIA
JOANINHA
FORMIGA
MINHOCA
ABELHA
LESMA
GRILO
RÃ
A FORMIGA MORA NO JARDIM.
Sugestão 2
MUSSARELA
ESCAROLA
TOMATE
PALMITO
PRESUNTO
ALHO
ATUM
COMEMOS PIZZA DE MUSSARELA COM TOMATE.
Sugestão 3
REFRIGERANTE
MORTADELA
PRESUNTO
MANTEIGA
QUEIJO
SUCO
PÃO
NO LANCHE DE HOJE TEREMOS PÃO COM MORTADELA.
Fique atento às reações dos alunos enquanto escrevem e anote o que eles
falam, sobretudo de forma espontânea, isso pode ajudar a perceber quais as
ideias deles sobre o sistema de escrita.
A cada palavra ditada, peça para que o aluno leia em voz alta o que
acabou de escrever.
Tematização:
Pré-silábica, sem variações quantitativas ou qualitativas
dentro da palavra e entre as palavras. O aluno diferencia desenhos
(que não podem ser lidos) de "escritos" (que podem ser lidos), mesmo
que sejam compostos por grafismos, símbolos ou letras. A leitura que realiza do
escrito é sempre global, com o dedo deslizando por todo o registro escrito.
Pré-silábica com exigência mínima de letras ou símbolos, com variação
de caracteres dentro da palavra, mas não entre as palavras. A leitura do
escrito é sempre global, com o dedo deslizando por todo o registro escrito.
Pré-silábica com exigência mínima de letras ou símbolos, com
variação de caracteres dentro da palavra e entre as palavras (variação
qualitativa intrafigural e interfigural). Neste nível, o aluno considera que
coisas É imprescindível pedir que a criança leia o que escreveu. Por meio da
interpretação dela sobre a própria escrita, durante a leitura, é que se pode
observar se ela estabelece ou não relações entre o que escreveu e o que lê em
voz alta - ou seja, entre o falado e o escrito - ou se lê aleatoriamente.
Anote em uma folha à parte como o aluno faz a leitura, se aponta com o
dedo cada uma das letras, se lê sem se deter em cada uma das partes, se associa
aquilo que fala à escrita, em que sentido faz a leitura etc.
Avaliação:
Finalmente, analise qual hipótese de escrita o aluno demonstrou na
atividade.
Hipóteses de escrita mais comuns e diferentes devem ser escritas de
forma diferente. A leitura do escrito continua global, com o dedo deslizando
por todo o registro escrito.
Silábica com letras não pertinentes ou sem valor
sonoro convencional. Cada letra ou símbolo corresponde a uma sílaba
falada, mas o que se escreve ainda não tem correspondência com o som
convencional daquela sílaba. A leitura é silabada.
Silábica com vogais pertinentes ou com valor sonoro convencional de
vogais.Cada letra corresponde a uma sílaba falada e o que se escreve tem
correspondência com o som convencional daquela sílaba, representada pela vogal.
A leitura é silabada.
Silábica com consoantes pertinentes ou com valor sonoro convencional
de consoantes. Cada letra corresponde a uma sílaba falada e o que se
escreve tem correspondência com o som convencional daquela sílaba, representada
pela consoante. A leitura é silabada.
Silábica com vogais e consoantes pertinentes. Cada letra
corresponde a uma sílaba falada e o que se escreve tem correspondência com o
som convencional daquela sílaba, representada ora pela vogal, ora pela
consoante. A leitura é silabada.
Silábico-alfabética. Este nível marca a transição do aluno
da hipótese silábica para a hipótese alfabética. Ora ela escreve
atribuindo a cada sílaba uma letra, ora representando as unidades sonoras
menores, os fonemas.
Alfabética inicial. Neste estágio, o aluno já compreendeu o
sistema de escrita, entendendo que cada um dos caracteres da palavra
corresponde a um valor sonoro menor do que a sílaba. Agora, falta-lhe dominar
as convenções ortográficas.
Alfabética. Neste estágio, o aluno já compreendeu o sistema de
escrita, entendendo que cada um dos caracteres da palavra corresponde a um
valor sonoro menor do que a sílaba e também domina as convenções ortográficas.
Fonte: Site da Revista Nova
Escola.
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