Páginas

Livro Digital

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Criança e combinados


Não importa a idade, as regras e os limites fazem parte da sociedade e desde cedo devemos aprender a conviver com as mesmas. Saber que o seu direito termina onde começa o direito do outro, aprender a lidar com as diferenças e a resolver seus conflitos é uma constante na vida, seja em que etapa dela se vive.Por isso, as crianças, desde bem pequenas, devem aprender a conviver com os combinados, os limites, pois não há como passar uma vida fazendo tudo como se quer, na hora que se quer, do jeito que se quer, com as pessoas que se quer.Pelo contrário, existem as engolidas de sapos, que são importantes para o crescimento e amadurecimento de todos. O que seria do mundo se todos tivessem suas vontades feitas, na hora e do jeito que quisessem?Pensando nisso, tanto a escola como os pais devem ajudar as crianças a aprimorarem suas formas de convivência, tornando-as mais dóceis, amáveis, alegres, seguras e sociáveis. Muitos pais acreditam que as crianças não podem passar por frustrações, para não crescerem rebeldes, revoltadas. Uma ideia errônea, pois é através de pequenas frustrações do dia a dia que as mesmas conseguem perceber que nem tudo pode ser de acordo com suas vontades, mas que existe um mundo coletivo que deve ser priorizado. As crianças precisam de limites para se sentir seguras, pois os limites confortam muito mais que o excesso de liberdade. Impor limites é demonstrar amor, atenção e carinho, proteger o sujeito das armadilhas da convivência. Pode-se falar o que for, mas não existe família que não passe por problemas de brigas e desentendimentos entre crianças. O que não pode acontecer são os pais tomarem partido dos mesmos, para não criar outros tipos de desavenças no meio familiar.Para isso, é interessante que as regras estejam bem claras para todos, como: emprestar os brinquedos, trocar os brinquedos em determinados momentos, não bater no outro, não xingar, nãopuxar cabelos, não morder, não gritar, enfim, todas aquelas situações que podem virar um problema.Se for preciso, faça um cartaz com todas essas anotações, com figuras recortadas de revistas (é importante que as crianças participem da pesquisa das imagens), e depois que cada um assine ou carimbe sua mão, mostrando que concordou com as regras e que irá cumpri-las.Na escola não é diferente. Como o número de crianças é bem maior, os professores devem estabelecer os combinados, norteando os alunos dos seus direitos e deveres. Aliás, na escola, tudo o que for trabalhado deve ser apresentado com antecedência para as crianças, a fim de trabalhar  a organização do tempo; hora da chegada, hora da conversa, hora da tarefa, hora de brincar, hora de lanchar, etc., pois assim as mesmas vão se acostumando à rotina escolar, ficando mais propensas a aceitar as regras.Da mesma forma, o respeito ao outro deve aparecer em cartazes de combinados, também decorados com figuras e assinados por todos. É importante relembrar os combinados quase que diariamente, para não deixar passar em branco qualquer atitude que fuja aos mesmos. Alguns professores fazem carinhas alegres ou tristes e colocam nos cartazes, avaliando se o comportamento da turma está adequado com as regras estabelecidas. A autoavaliação é muito interessante de ser trabalhada, pois as crianças refletem sobre suas condutas, assim como dos colegas, apontando onde cada um errou e como podem melhorar. Ao final do dia, deixe que cada um coloque ao lado do seu nome uma carinha (alegre ou triste) indicando como ele próprio avaliou o comportamento do dia. É uma ótima forma de fazê-los perceber os erros e tentar melhorar. Nunca distribua a carinha por conta própria, como se estivesse punindo a criança. “Eu não gostei do que o fulano fez, então ele vai ganhar uma carinha triste”, afinal, a criança precisa aprender a refletir sobre suas atitudes. Ela própria se aborrece ou se entristece por não conseguir cumprir os combinados e sente que precisa melhorar. Por Jussara de Barros Graduada em Pedagogia Equipe Brasil Escolahttp://www.educador.brasilescola.com/sugestoes-pais-professores/criancas-combinados.htm
GÊNERO DA ORDEM DO INSTRUIR - COMBINADOS
SIGNIFICADO DE COMBINAR, segundo Aurélio Buarque de Holanda:v.t. Juntar, misturar: combinar água com vinho. / Assentar, ajustar, pactuar, aprazar: combinar umpasseio. / &151; V.i. Condizer, harmonizar-se, estar de acordo, entender-se: estas cores nãocombinam; os irmãos não combinam bem.
COMO TRABALHAR COM OS COMBINADOS NA ESCRITA E NA ORALIDADE?
1 - discussão e exploração do tema,
2 - fazer a produção coletiva com a turma na forma de lista,
3 – ilustrar ou colar figuras que ajude a identificar a regra,
 4 – após vários temas de combinados, propor que a escrita seja individual, a partir das perguntas elaboradas e discutidas com a turma.
COMBINADOS DA TURMA (obrigatório)
1 - O professor deve usar como estratégia para montar os combinados a observação do comportamento e atitudes dos alunos desde o início das aulas.
2 - Inicie sua aula perguntando para as crianças se elas conhecem ou sabem o que é um semáforo,onde podemos encontrá-lo, para que serve, quais as cores presentes. Trabalhe com o significado de cada cor: Verde – siga, continue, pode passar; Amarelo ou Laranja – atenção; Vermelho – pare, nãoprossiga.
3 - Elaborar com a turma, através de uma roda de conversa, os combinados. Essa atitude faz com que as crianças se sintam co-responsáveis pela elaboração. Discuta com as crianças sobre as regras de convivência da sala/ escola, quais combinados poderiam estar no sinal Verde – o que se pode fazer: estudar, cuidar da sala e dos colegas, organizarem a biblioteca de sala, deixar a sala limpa; no sinal Amarelo ou Laranja – combinados que teriam momento adequado para ocorrer: brincar, lanchar,correr, beber água e ir ao banheiro (se houver um horário combinado); e no sinal Vermelho – o que não podemos fazer na escola: sair correndo e gritando, bater nos colegas, não realizar as atividades de sala ou para casa, quebrar objetos e brinquedos da sala ou dos colegas.
4 - Estimular os alunos a falar de assuntos que você observou que precisam estar nos combinados, por exemplo: Vocês acham que podemos jogar papel no chão? Você acham que os alunos devem fazer a lição? De acordo com a resposta dos alunos você pode incluir ou não esta frase na lista de combinados.
5 - Considerar que todas as sugestões dos alunos são muito importantes para que nenhum se sinta de fora da elaboração dos combinados.
6 - Após todas as discussões a respeito dos combinados, construir com a turma cartazes e deixar exposto na sala de aula durante o ano todo, ou que se altere quando necessário – para auxiliar o professor na relação das regras de convivência com as crianças. É interessante fixar o cartaz numa altura acessível aos olhos dos alunos para que possam consultá-lo sempre que necessário. Na sala de aula que não for possível colar cartaz na parede, poderá colocar na porta do armário.
7 - Siga as instruções: Dividir a turma em três grupos, após distribua os combinados feitos nos grupos (tirinhas escritas pelo professor), depois leia um combinado por vez e pergunte a turma em qual cor do semáforo (collor set vermelho, amarelo e verde) poderá ser colado. Portanto, haverá três cartazes com os combinados da sala. Encerre sua atividade avaliando com as crianças as possíveis repetições que possam ter ocorrido e discuta a importância de vivenciar estes combinados para desenvolvimento de seus aprendizados.
8 - As “punições” para os alunos que não cumprem os combinados devem ser estabelecidas pelos próprios alunos, sendo ponderadas pelo professor.
9 - Durante todo o processo de construção e elaboração dos combinados a alfabetização e o letramento dos alunos já estão iniciando, pois participam das interações em sala de aula escutando com atenção e compreensão, respondendo às questões propostas pelo professor e expondo opiniões nos debates com os colegas e professor, ou seja, desenvolveram capacidades para o desenvolvimento da oralidade, além das capacidades que contribuem para o domínio da escrita, da leitura e da produção de textos.
10 - Nos combinados pode aparecer: É PERMITIDO e NÃO É PERMITIDO. Sendo assim, estimular para que apareçam combinados do tipo: É PERMITIDO: fazer amigos, ser feliz, brincar no parquinho, emprestar materiais, ajudar os colegas, etc. NÃO É PERMITIDO: brigar com os colegas, colocar apelidos ruins, falar enquanto a professora explica as atividades, etc.
Exemplos de outros combinados que podem ser trabalhados durante o bimestre:
1 - COMBINADOS DO RECREIO:
O que está sendo combinado? (quais são as brincadeiras que as crianças podem participar norecreio)O que pode fazer? (esperar a sua vez na brincadeira, ensinar os colegas que ainda não sabembrincar, etc)O que não pode fazer? (empurrar os colegas durante o jogo, brigar, etc)O que acontece com aquele que não segue os combinados? (fica fora da próxima brincadeira, teráque recitar um verso, vai tomar o lanche e não vai poder brincar no recreio seguinte, etc)
2 - COMBINADOS DA FAMÍLIA
O que pode fazer?O que não pode fazer?Quem faz os combinados na sua casa?Você tem algum dever em sua casa?Qual é o dever de cada um na SUA família? (pai, mãe e filhos)Toda família segue os mesmos combinados?Acontece alguma coisa se não cumprir com o combinado?
3 – COMBINADOS DA EXCURSÃO
(cinema, zoológico, teatro, praia, etc) Qual o horário?O que é obrigado levar?O que é proibido levar? (máquina fotográfica, celular, objetos com pontas, vidros, etc.)Vamos  comer?Precisa levar lanche?Precisa estar com uniforme?O que fazer quando quero fazer xixi?Se não cumprir a regra, acontecerá alguma coisa?
4 – COMBINADOS DA BIBLIOTECA
O que pode fazer na biblioteca?O que é proibido fazer na biblioteca?Qual horário de funcionamento?Quando minha turma pode ir à biblioteca?O que eu faço quando quero um livro?Posso emprestar livros da biblioteca?

Fonte: http://pt.scribd.com/doc/52932815/combinados











terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Ditado para sondagem na alfabetização




Ano
1º e 2º ano

Tempo estimado
Uma aula.
Tematização
Você deve realizar a primeira sondagem no início do período letivo e, depois, ao fim de cada bimestre, mantendo um registro criterioso do processo de evolução das hipóteses de escrita das crianças. Ao mesmo tempo, é fundamental uma observação cotidiana e atenta do percurso dos alunos. Confira um exemplo de tabela para organizar o mapa de hipóteses dos alunos da turma.

Introdução
Nos primeiros dias de aula, o professor alfabetizador tem uma tarefa imprescindível: descobrir o que cada aluno sabe sobre o sistema de escrita. É a chamada sondagem inicial (ou diagnóstico da turma), que permite identificar quais hipóteses sobre a língua escrita as crianças têm e com isso adequar o planejamento das aulas de acordo com as necessidades de aprendizagem.
Tematização
Por que devemos fazer o diagnóstico inicial das hipóteses de escrita dos alunos? Além de objetivos práticos como a organização de parcerias produtivas de trabalho e o acompanhamento da evolução dos alunos, a realização da sondagem pressupõe um respeito intelectual do professor em relação ao conhecimento do aluno. Significa assumir que os alunos pensam sobre a língua escrita - formulando hipóteses sobre o seu funcionamento - e que é primordial para o desenvolvimento de um bom trabalho conhecer detalhadamente o que eles pensam sobre o sistema alfabético.

Objetivo
Escrever uma lista de palavras e uma frase, ditadas pelo professor, colocando em jogo todos os conhecimentos disponíveis

Tematização
A sondagem não é um momento para ensinar conteúdos e sim para o aluno mostrar ao professor o que pensa sobre o sistema alfabético de escrita. Portanto, o único objetivo dessa atividade é fazer com que os alunos escrevam da maneira como acreditam que as palavras devem ser escritas.

Material necessário
Papel e lápis.

Desenvolvimento
Atividade deve ser feita individualmente. Chame um aluno por vez e explique que ele deve tentar escrever algumas palavras e uma frase que você vai ditar. Escolha palavras do mesmo campo semântico, como por exemplo: lista das comidas de uma festa de aniversário, frutas, animais etc.

O ditado deve ser iniciado por uma palavra polissílaba, seguida de uma trissílaba, de uma dissílaba e, por último, de uma monossílaba. Ao ditar, NÃO marque a separação das sílabas, pronunciando normalmente as palavras. Após a lista, é preciso ditar uma frase que envolva pelo menos uma das palavras já mencionadas, para poder observar se o aluno volta a escrevê-la de forma semelhante, ou seja, se a escrita da palavra permanece estável mesmo num contexto diferente.

Tematização
A escolha das palavras do ditado deve ser muito cuidadosa. Evite palavras que tenham vogais repetidas em sílabas próximas, como ABACAXI, por exemplo, por causar um grande conflito para as crianças que estão entrando no Ensino Fundamental, cuja hipótese de escrita talvez faça com que creiam ser impossível escrever algo com duas ou mais letras iguais. Por exemplo: um aluno com hipótese silábica com valor sonoro convencional, que utiliza vogais, precisaria escrever AAAI. Os monossílabos ficam para o fim do ditado. Esse cuidado deve ser tomado porque, no caso de as crianças escreverem segundo a hipótese do número mínimo de letras, poderão se recusar a escrever se tiverem de começar por ele.
Confira 3 sugestões de grupos de palavras e frases para o ditado:
Sugestão 1
CENTOPÉIA
JOANINHA
FORMIGA
MINHOCA
ABELHA
LESMA
GRILO
A FORMIGA MORA NO JARDIM.
Sugestão 2
MUSSARELA
ESCAROLA
TOMATE
PALMITO
PRESUNTO
ALHO
ATUM

COMEMOS PIZZA DE MUSSARELA COM TOMATE.
Sugestão 3
REFRIGERANTE
MORTADELA
PRESUNTO
MANTEIGA
QUEIJO
SUCO
PÃO
NO LANCHE DE HOJE TEREMOS PÃO COM MORTADELA.
Fique atento às reações dos alunos enquanto escrevem e anote o que eles falam, sobretudo de forma espontânea, isso pode ajudar a perceber quais as ideias deles sobre o sistema de escrita.

A cada palavra ditada, peça para que o aluno leia em voz alta o que acabou de escrever.

Tematização
É imprescindível pedir que a criança leia o que escreveu. Por meio da interpretação dela sobre a própria escrita, durante a leitura, é que se pode observar se ela estabelece ou não relações entre o que escreveu e o que lê em voz alta - ou seja, entre o falado e o escrito - ou se lê aleatoriamente.

Anote em uma folha à parte como o aluno faz a leitura, se aponta com o dedo cada uma das letras, se lê sem se deter em cada uma das partes, se associa aquilo que fala à escrita, em que sentido faz a leitura etc.

Avaliação
Finalmente, analise qual hipótese de escrita o aluno demonstrou na atividade.

Hipóteses de escrita mais comuns:

Pré-silábica, sem variações quantitativas ou qualitativas dentro da palavra e entre as palavras. O aluno diferencia desenhos (que não podem ser lidos) de "escritos" (que podem ser lidos), mesmo que sejam compostos por grafismos, símbolos ou letras. A leitura que realiza do escrito é sempre global, com o dedo deslizando por todo o registro escrito.

Pré-silábica com exigência mínima de letras ou símbolos, com variação de caracteres dentro da palavra, mas não entre as palavras. A leitura do escrito é sempre global, com o dedo deslizando por todo o registro escrito.

Pré-silábica com exigência mínima de letras ou símbolos, com variação de caracteres dentro da palavra e entre as palavras (variação qualitativa intrafigural e interfigural). Neste nível, o aluno considera que coisas diferentes devem ser escritas de forma diferente. A leitura do escrito continua global, com o dedo deslizando por todo o registro escrito.

Silábica com letras não pertinentes ou sem valor sonoro convencional. Cada letra ou símbolo corresponde a uma sílaba falada, mas o que se escreve ainda não tem correspondência com o som convencional daquela sílaba. A leitura é silabada.

Silábica com vogais pertinentes ou com valor sonoro convencional de vogais. Cada letra corresponde a uma sílaba falada e o que se escreve tem correspondência com o som convencional daquela sílaba, representada pela vogal. A leitura é silabada.

Silábica com consoantes pertinentes ou com valor sonoro convencional de consoantes. Cada letra corresponde a uma sílaba falada e o que se escreve tem correspondência com o som convencional daquela sílaba, representada pela consoante. A leitura é silabada.

Silábica com vogais e consoantes pertinentes. Cada letra corresponde a uma sílaba falada e o que se escreve tem correspondência com o som convencional daquela sílaba, representada ora pela vogal, ora pela consoante. A leitura é silabada.

Silábico-alfabética. Este nível marca a transição do aluno da hipótese silábica para a hipótese alfabética. Ora ela escreve atribuindo a cada sílaba uma letra, ora representando as unidades sonoras menores, os fonemas.

Alfabética inicial. Neste estágio, o aluno já compreendeu o sistema de escrita, entendendo que cada um dos caracteres da palavra corresponde a um valor sonoro menor do que a sílaba. Agora, falta-lhe dominar as convenções ortográficas.

Alfabética. Neste estágio, o aluno já compreendeu o sistema de escrita, entendendo que cada um dos caracteres da palavra corresponde a um valor sonoro menor do que a sílaba e também domina as convenções ortográficas.


FONTE: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/ditado-sondagem-alfabetizacao-618975.shtml

Organizar a rotina da alfabetização


Antes de receber a turma de alfabetização, o professor deve planejar que atividades vão proporcionar o contato sistemático e significativo com práticas de leitura e de escrita


PROPONHA A LEITURA O planejamento precisa contemplar tarefas que favoreçam o confronto com o texto desde os primeiros dias de aula

Aos 5 ou 6 anos de idade, as crianças percebem mais claramente que existem outras formas de representar o mundo sem ser por meio de desenhos cheios de traços e cor. Descobrem, enfim, a presença e a importância da escrita, que permite a todos comunicar ideias e opiniões por meio, por exemplo, de cartas, bilhetes, notícias e poemas. Mas, para que cada um dos pequenos dê esse grande salto no aprendizado, é preciso que a atuação do professor no Ensino Fundamental de nove anos esteja ajustada a esse propósito.
O passo inicial é definir com antecedência as atividades que vão fazer do ano letivo um encadeamento de descobertas, cada uma delas mais desafiante que a outra. "O educador precisa ter uma visão geral do trabalho para prever em que ritmo as propostas de leitura e escrita vão se aprofundar ao longo do período", explica a professora argentina Mirta Torres, especialista em didática da leitura e da escrita.

Segundo Mirta, nesse planejamento é importante considerar que cada criança já está em processo de alfabetização. "Antes de irem para a escola, os pequenos tiveram contato com práticas de leitura e de escrita, com maior ou menor grau de espontaneidade, ao escutar os pais lerem histórias, ao folhearem livros ou ao verem adultos e outras crianças escreverem", pontua. O que muda é que na escola esse processo passa a ser intencional e sistemático, ganhando sentido e contando com a participação ativa de cada estudante.
Mais sobre alfabetização
Especial
Reportagens
Vídeos
Planos de aula
Para chegar ao detalhamento da rotina semanal de uma classe de 1º ano, o educador precisa ter clareza de que itens devem ser combinados e com que regularidade devem ser praticados para permitir às crianças entender em que situações se lê e se escreve, para que se lê e se escreve e quem lê e escreve. "E não é necessário ter sempre novidades programadas. A continuidade dá segurança aos alunos e, associada à diversidade de assuntos, amplia o repertório deles", explica Debora Samori, pedagoga e formadora de professores do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac). Um planejamento acertado contempla três tipos de atividade.

1. Atividades permanentes
São essenciais para o processo de alfabetização. Por isso, devem ser praticadas diariamente ou com periodicidade definida e em horário destinado exclusivamente a elas. Incluem:

1. A leitura pelo professor, feita diariamente, em voz alta, caprichando na entonação para aumentar o interesse e tomando cuidado para variar os gêneros durante o ano: contos, cartas, notícias, poemas etc.

2. A leitura pelos alunos, feita em dias alternados com atividades de escrita, sempre tendo como objeto textos que eles conheçam de cor, como cantigas, parlendas, trava-línguas, textos informativos etc.

3. A escrita pelas crianças, feita em dias alternados com atividades de leitura, tendo como objeto a produção de listas de nomes de colegas, de frutas, de brinquedos etc., que podem ser escritas pelos estudantes com lápis e papel ou com letras móveis.

4. A produção de texto oral com destino escrito, feita em dias alternados com atividades de leitura, quando os alunos criam oralmente um texto e o ditam para o professor, trabalhando o comportamento escritor.

2. Sequências de atividades
São organizadas para atingir diversos objetivos didáticos relacionados ao ensino e à aprendizagem da leitura e da escrita. Necessariamente apresentam um nível progressivo de desafios. A duração varia de acordo com o conteúdo eleito. Pode levar dois meses ou chegar a quatro, sendo praticada duas ou três vezes por semana. Visam levar as crianças a construir comportamentos leitores associados a propósitos como ler para aprender, ler para comparar diferentes versões de uma mesma obra e ler para conhecer diversas obras de um mesmo gênero. Em um bimestre, pode ter como objetivo trabalhar a leitura de contos de autores variados. Em outro, pode eleger a leitura de seções de jornal para que a turma se habitue a outro tipo de texto.

3. Projetos didáticos
São formas de organização dos conteúdos escolares que contribuem para a aprendizagem da leitura e da escrita ao articular objetivos didáticos e objetivos comunicativos. A sequência de ações de um projeto culmina na elaboração de um produto final (um livro de receitas saudáveis para as merendeiras da escola, uma gravação em CD ou fita cassete com a leitura de poesias para alunos de Educação de Jovens e Adultos, um jornal de bairro a ser distribuído para a comunidade etc.). Pode durar todo um semestre e ter ou não conexão com o projeto didático proposto para o segundo semestre. No primeiro, por exemplo, os alunos ouvem a leitura de poesias e decidem quais farão parte de um livro escrito pelo professor (que atua como escriba) e ilustrado por eles. A destinação da obra deve ficar clara. Pode ser o acervo de livros da professora, a biblioteca da escola, a família das crianças ou colegas de outra turma. No segundo semestre, uma proposta poderia ser a leitura pelos alunos de poesias que sabem de memória para depois serem declamadas em público em um sarau organizado por eles, reunindo os pais, os estudantes e a comunidade.
Avaliar sempre

PEÇA QUE ESCREVAM Redigir textos, como listas ou cantigas memorizadas, é uma das quatro situações didáticas que devem estar sempre na agenda. Foto: Marcos Rosa
Com base nas atividades essenciais e a frequência com que devem ser realizadas, o professor pode fazer uma programação detalhada do que vai trabalhar durante o ano (veja um exemplo no quadro abaixo). Após essa distribuição, é possível fazer agendas de 15 ou até 30 dias de aulas, dia após dia, de segunda a sexta-feira. Essa é uma etapa de grande importância no planejamento. Nela, os projetos didáticos e as sequências de atividades também são elaborados em detalhes, definindo-se justificativas, tempos de duração, materiais necessários, aprendizagens desejáveis e desenvolvimento passo a passo.

Colocar tudo no papel faz pensar na forma de realização das atividades, além de antecipar a necessidade de separação ou de compra de materiais: que livros devo ter à mão para ler aos alunos? Quais voltarei a ler ao longo do ano? Quais devo ter em maior quantidade para permitir que todos acompanhem a leitura? Como escreveremos a lista de nomes dos alunos? Como eles vão se apresentar à turma?

Outro cuidado importante é, logo nas primeiras atividades, identificar que habilidades, conhecimentos e dificuldades cada aluno traz de suas experiências de vida, seja em casa, seja na escola. "Esse é o momento de observar, tomar nota e refletir sobre a atuação de cada um em tarefas coletivas, em atividades realizadas em duplas ou trios e em momentos de trabalhos individuais, o que permitirá acompanhar a evolução dela no ano", orienta a pedagoga Debora Samori.

A classe pode ter crianças em diferentes níveis de conhecimento em relação à escrita. O professor não deve encarar isso como um problema. Cada aluno é importante e traz características que devem ser identificadas e aproveitadas. A orientação é ajustar o foco, pensar nas possibilidades de interação e troca e seguir em frente com o trabalho.

Há uma infinidade de descobertas a serem feitas por seus futuros leitores e escritores, e eles vão precisar de muitos desafios para dizer o que pensam e compreender o que leem.


Proposta
Primeiro semestre
Segundo semestre
Projetos
- Livro de reescrita de contos de fadas ditado para o professor.
- Livro de brincadeiras preferidas do grupo ditado para o professor
- Livro de reescrita de histórias do mesmo autor ou do mesmo personagem já trabalhados na sequência didática de leitura do primeiro semestre.
- Produção de uma agenda telefônica do grupo.
Atividades permanentes
- Escrita e leitura diárias do próprio nome e dos colegas.
- Escrita e leitura de listas de palavras de um mesmo campo semântico.
- Leitura diária de textos literários pelo professor.
- Roda de leitura e empréstimo de livros.
- Leitura de nomes próprios para a análise da ordem alfabética.
- Escrita e leitura de títulos de histórias conhecidas.
- Leitura pelo professor de textos informativos e literários.
- Roda de leitura e empréstimo de livros.
- Indicação literária dos livros apreciados pelo grupo.
Sequências didáticas
- Escrita e leitura de parlendas e cantigas (ordenação, ajuste do falado ao escrito, análise e discussão com base na localização de palavras no texto).
- Leitura de várias versões do mesmo livro ou de várias obras do mesmo autor ou ainda de livros diferentes que apresentem o mesmo personagem principal (lobo, bruxa, princesa etc.).
- Escrita e leitura de adivinhas e charadas.
- Ler para estudar características de animais, regiões, culturas, costumes etc.
Fonte Clélia Cortez, formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo



Material Dourado


O Material Dourado Montessori destina-se a atividades que auxiliam o ensino e a aprendizagem do sistema de numeração decimal-posicional e dos métodos para efetuar as operações fundamentais (ou seja, os algoritmos).
No ensino tradicional, as crianças acabam "dominando" os algoritmos a partir de treinos cansativos, mas sem conseguirem compreender o que fazem. Com o Material Dourado a situação é outra: as relações numéricas abstratas passam a ter uma imagem concreta, facilitando a compreensão. Obtém-se, então, além da compreensão dos algoritmos, um notável desenvolvimento do raciocínio e um aprendizado bem mais agradável.
O Material Dourado faz parte de um conjunto de materiais idealizados pela médica e educadora italiana Maria Montessori.




PREENCHENDO TABELAS 


Objetivo:

- preencher tabelas respeitando o valor posicional;
- fazer comparações de números;
- fazer ordenação de números.


As regras são as mesmas da atividade 4. Na apuração, cada criança escreve em uma tabela a quantidade conseguida.
Olhando a tabela, devem responder perguntas como estas:
- Quem conseguiu a peça de maior valor?
- E de menor valor?
- Quantas barras Lucilia tem a mais que Gláucia?
Olhando a tabela à procura do vencedor, a criança compara os números e percebe o valor posicional de cada algarismo.
Por exemplo: na posição das dezenas, o 2 vale 20; na posição das centenas vale 200.
Ao tentar determinar os demais colocados (segundo, terceiro e quarto lugares) a criança começa a ordenar os números.


Fonte: http://cantinhopreferidodamah.blogspot.com.br/search/label/Material%20dourado

Alfabeto









Dinâmicas de adaptação


OBJETIVOS

* Proporcionar um ambiente acolhedor;
* Proporcionar integração para criação de vínculo;
* Enfatizar aos pais que a vida escolar é um acontecimento significativo para toda a família;
* Aprender a compartilhar de forma harmoniosa;
* Identificar seus direitos e deveres nas regras de convivência;
* Perceber que a rotina atua como organizadora das experiências do cotidiano;
* Estimular o hábito de trabalhar em grupo;
* Estabelecer relações e diferenças entre a casa e a escola;
* Explorar diferentes jogos e brincadeiras;
* Identificar o próprio nome e o do colega;
* Identificar a si mesmo, o próximo, o ambiente em que vive e o ambiente escolar;
* Estabelecer relação com a escola e a família.

ATIVIDADES DO PROFESSOR:

* Planejar uma recepção de boas vindas com alegria e organização;
* Confeccionar mural;
* Elaborar palestra para os pais sobre a importância da participação na educação dos filhos, nas atividades da escola e junto à comunidade;
* Promover jogos, brincadeiras e atividades em grupo;
* Compor com os alunos, as regras de convivência;
*Confeccionar um quadro de rotinas;
* Programar atividades interativas que incluam professores, pais e funcionários;
* Organizar passeio pela escola para os alunos conhecerem as instalações;
* Selecionar músicas alusivas à apresentações;
* Confeccionar crachás, junto com os alunos;
* Organizar roda da conversa com sugestões e expectativas dos iniciantes;
* Estipular horário especial para a semana de adaptação;
* Confeccionar lembrancinhas.
1ª - Dinâmica:
CRACHÁS e/ou FICHAS COM NOME PRÓPRIO

1- O professor mostra o crachá, lê o nome e entrega ao aluno.
2- Os crachás são colocados no chão no meio da roda, permitindo que cada aluno reconheça o seu pegando -o no conjunto dos demais.
3- O professor vira o crachá para baixo no chão e brinca com os alunos de jogo da memória.
4- Chamada individual, onde o professor apresenta o crachá e cada aluno reconhece o seu.
5- O professor apresenta a ficha com o nome próprio de cada aluno para fazer a chamada.
6- As fichas estão no cartaz de pregas. O professor diz o nome do aluno e ele busca a sua ficha no cartaz.
7- O professor entrega ao aluno a ficha de seu nome e as letras móveis correspondentes. A criança à vista do modelo forma seu nome.


2ª - Dinâmica:
CHAMADA COM FOTO

- Tempo: 30 minutos.
- Espaço: Sala de aula.
- Idade: A partir de 1 ano e meio.
- Material: Cartolina ou papel-cartão, foto individual das crianças, caneta hidrográfica fina e plástico de fichário.
- Objetivo: Conhecer o colega.
- Preparação: Em pedaços de cartolina ou papel-cartão, escreva o nome de cada criança em letra bastão maiúscula e cole uma foto dela. Plastifique para ter maior durabilidade (use Contact®).
- Descrição:
Coloque todos os cartões sobre uma mesa ou no chão, com a foto e o nome virados para baixo. Uma criança por vez pega um cartão e entrega ao colega que aparece na foto. O professor diz então o nome da criança “descoberta” para estimular o reconhecimento dela pelo grupo. Outro modo de realizar a atividade é deixar os cartões espalhados sobre a mesa com a foto para cima. Peça para cada um pegar o seu cartão e colar no painel da chamada, uma espécie de sapateira com bolsos transparentes, que pode ser feito sobre uma base de papel-cartão. Como se trata de uma chamada, é possível repetir essa atividade diariamente, quando todas as crianças estiverem presentes, durante os primeiros meses do ano. Retome-a se um novo membro entrar no grupo.


3ª - Dinâmica:
CADÊ? ACHOU!

- Tempo: Enquanto durar o interesse da turma.
- Espaço: Sala de aula.
- Idade: A partir de 1 ano e meio.
- Material: Bambolê com faixas de tules de diversas cores (o comprimento das faixas deve ser o mesmo da altura do pé direito da sala).
- Objetivo: Ajudar a criança a elaborar a ausência temporária da família.
- Descrição: Pendure firmemente o bambolê no teto da sala de modo que as faixas cheguem ao chão. As crianças vão brincar de esconder atrás delas e entre elas, segurá-las para cobrir parte do corpo e esconder os colegas. Com isso, vão descobrindo que a ausência do outro é temporária e que eles sempre reaparecem.

4ª - Dinâmica:
Dança da Cadeira com Nomes

- Objetivo: Reconhecer a escrita de seu nome dentre a escrita dos nomes de todos os colegas.
- Materiais: Fichas com a escrita de todos os nomes ( uma para cada nome ) e cadeiras.
- Procedimentos: O professor propõe às crianças que façam um círculo com as cadeiras. Depois distribui as fichas com os nomes para que as crianças fixem-as nas cadeiras. Inicia-se a dança das cadeiras onde ao término da música cada um deverá sentar na cadeira onde consta a ficha com o seu nome. Realizar a brincadeira diversas vezes sempre trocando as cadeiras de lugar.

Fonte: Grupo Sugestão de Atividades (Maria Alice)
http://baudasmensagens.blogspot.com/



Dinâmica  do Barbante

Grupo: alunos de pré-escola à 4a série.
Objetivos: a dinâmica é uma ótima oportunidade para você observar melhor o comportamento da turma.
Tempo: 1 aula
Local: A brincadeira pode acontecer na classe ou no pátio,dependendo do tamanho da turma.
Material: bastam um rolo de barbante e uma tesoura sem ponta para começar a brincadeira.
Desenvolvimento:
Forme com os alunos uma grande roda e, em seguida, cada criança mede três palmos do cordão, corta para si e passa o rolo adiante.Sugira que cada um brinque com o seu pedacinho de barbante.Balançando o cordão no ar ou formando uma bolinha com ele, por exemplo, as crianças podem perceber sua textura, flexibilidade e versatilidade. Depois, toda a turma, incluindo o professor, cria nochão um desenho com o seu pedaço de barbante.Prontas as obras, o grupo analisa figura por figura. Comentários e interpretações são muito bem-vindos.Após percorrer toda a exposição, cada um desfaz o seu desenho e amarra, ponta com ponta, seu barbante ao dos vizinhos.Abaixados ao redor desse grande círculo feito de cordão, as crianças devem criar uma única figura.Proponha que refaçam juntos, alguns dos desenhos feitos individualmente. No final, em círculo, a turma conversa sobre o que cada um sentiu no decorrer da brincadeira.Enquanto as crianças escolhem juntas qual o desenho irão fazer e colocam a ideia em prática, o professor aproveitará para observá-las.Nessa fase da brincadeira surgem muitas ideias e cada aluno quer falar mais alto que o colega.Alguns buscam argumentos para as suas sugestões, outros ficam chateados, debocham da situação, ameaçam abandonar a roda e, às vezes, cumprem a palavra.O professor deve ficar atento ao comportamento da turma durante esses momentos de tensão. Eles serão produtivos se você abandonar sua posição de coordenador e deixar o grupo resolver seus impasses, ainda que a solução encontrada não seja, na sua opinião, a melhor.
Conclusão:
Por meio desse jogo, os alunos tomam consciência de seu potencial criativo e se familiarizam com as atividades em equipe. É muito interessante repetir a brincadeira com a mesma classe semanas depois. É hora de comparar os processos de criação com o barbante, avaliando a evolução do grupo diante de um trabalho coletivo.


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Atividades Diagnósticas





Enfeites de Bem Vindos

Este é o que eu vou usar este ano - 2013









Estes são alguns que gostamos também.





A prática da leitura aprimora o raciocínio lógico, a criatividade e a percepção da realidade. Por isso, faz-se necessário a leitura em sala de aula e para estes momentos tão especiais preparamos um lindo gatinho de porta, para garantir que o momento seja preservado de eventuais interrupções.














quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Calendário 2013

Boa tarde amigos e amigas, estaremos postando algumas ideias pra iniciar o ano letivo em grande estilo. Nós já começamos nossos trabalhos, apesar das férias, mas o Educador não pára nunca de vasculhar ideias legais. Aí está o Calendário 2013, esperamos que aproveitem assim como nós!










 
 



uma história - Palavra Cantada

http://youtu.be/UAAypg0aCCk